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sábado, 26 de janeiro de 2013



Advogada envolvida em morte de agente prisional é presa



Investigada por ser suspeita de ajudar a articular a morte da agente prisional Deise Alves, em outubro do ano passado, em São José, na Grande Florianópolis, a advogada Fernanda Fleck Freitas, de 28 anos, de Tubarão, foi presa nesta sexta-feira em sua casa, no bairro Santo Antônio de Pádua. Ela e outras oito pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) nesta terça-feira.

Os policiais civis da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), por meio do Grupo de Diligências Especiais (GDE), cumpriram o mandado às 10 horas. Segundo o policial Procópio Pires Júnior, do GDE, a advogada tinha acabado de acordar e estava um pouco alterada quando foi detida. Ela alega inocência.

“Ela argumenta que somente prestou serviços jurídicos. Sua prisão preventiva foi decretada por tempo indeterminado”, relata o policial.
Fernanda chegou ao prédio da Deic, na capital, por volta das 14 horas, em uma viatura descaracterizada. Ela não usava algemas e uma toalha preta cobria o seu rosto. Após prestar depoimento, foi encaminhada ao Presídio Regional de Tijucas.

O MP-SC sustenta que ela se associou ao Primeiro Grupo Catarinense (PGC) e intermediava as informações. Conforme a denúncia, Fernanda recebeu de detentos a ordem da execução do então diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara, Carlos Alves, e teria ajudado no cumprimento do pedido do lado de fora.
Mas a esposa do diretor, a agente Deise, foi morta em seu lugar por engano. “Não descartamos o surgimento de mais pistas e evidências que possam levar a outras prisões”, antecipa Procópio. Desde o dia do crime, o GDE atua na investigação.

Entre os nove denunciados, um está foragido

Além da advogada Fernanda Fleck Freitas, de 28 anos, de Tubarão, outras oito pessoas também foram denunciadas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) pelo envolvimento na morte da agente prisional Deise Alves. Ela foi assassinada no dia 16 de outubro do ano passado quando chegava na casa de familiares, em São José, na Grande Florianópolis.

Entre os acusados, quatro são detentos da Penitenciária de São Pedro de Alcântara (acusados de serem os mandantes) e outros quatro são suspeitos de serem os executores. Destes, três estão detidos, entre eles um menor, e o outro está foragido.

No dia do crime, a agente prisional Deise Alves estava no carro de seu marido, Carlos Alves, à época diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara. Conforme a investigação e a denúncia do MP-SC, ela foi morta no lugar do esposo, por engano.
Deise estava armada e conseguiu revidar, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu momentos depois. A ordem de execução dos presos teria sido motivada pela limitação de regalias na instituição penal, imposta pelo então diretor.

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