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domingo, 9 de outubro de 2011

SC investe R$ 1 bilhão para gerar mais emprego e renda




Com recursos assegurados, programa está estruturado em: inovação tecnológica, apoio aos micro e pequenos empreendimentos, sustentabilidade ambiental e formação profissional para jovens

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Frentes do programa SC@2022 foram apresentadas pelo secretário de Desenvolvimento Sustentável



Depois de exatos nove meses que consumiram algumas centenas de horas de grandes cabeças pensantes, nasceu o SC@2022. Um programa que traz uma nova maneira de enxergar o desenvolvimento econômico estadual e que tem como meta transformar Santa Catarina em referência nacional na política de inovação com sustentabilidade.



Com recursos já assegurados da ordem de R$ 1 bilhão – R$ 600 milhões dos quais provenientes do Banco do Brasil - o Programa gestado na Secretaria de Desenvolvimento Sustentável está estruturado em quatro frentes. Cada uma delas reúne uma série de iniciativas que vão somar esforços governamentais, da iniciativa privada, de universidades e de entidades de classe, além de acordos internacionais e parcerias com grandes centros de excelência. Tudo isso para dar um salto na geração de emprego e renda em Santa Catarina, estimulando a atividade econômica de forma sustentável e com preocupação ambiental.



As frentes do programa SC@2022 foram apresentadas pelo secretário de Desenvolvimento Sustentável, Paulo Bornhausen, às lideranças da imprensa do interior, na terça-feira, dia 4. Confira as linhas gerais de cada iniciativa:



Inova@SC: a meta é 100 novas empresas da área de inovação



O Inova@SC prevê execução de programas de pesquisa, desenvolvimento e inovação, além da criação de centros de design digital, trazendo o que há de mais avançado nessa área. “É a fronteira do conhecimento nesse setor”, resume Bornhausen.



Essa frente tem no comando Sergio Luiz Gargioni, presidente da Fapesc (Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina, assessorado por pessoas com larga experiência internacional na área de inovação. Para atingir a meta de 100 novas empresas da área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), o Estado está mapeando as incubadoras (centros de apoio à formação de empresas de base tecnológica) e os polos de inovação existentes em Santa Catarina. Empresas vocacionadas para o segmento vão receber investimento a fundo perdido para se fortalecer e projetar o Estado na área da inovação tecnológica. “Pelo menos R$ 12 milhões já estão garantidos pelo Governo federal”, revelou o secretário.



Nova Economia@SC quer formalizar 100 mil microempreendedores individuais e criar 30 mil novos empregos



Tendo no comando o superintendente do Sebrae-SC, Guilherme Ziggeli, o programa Nova Economia@SC é voltado aos microempreendedores individuais e às micro e pequenas empresas, que têm significativo peso em Santa Catarina. Nessa frente, a locomotiva é o Programa Juro Zero, que libera recursos para investimento e capital de giro com o custo do empréstimo bancado pelo Governo estadual. A vantagem adicional desse programa é o acompanhamento do empreendedor pelo Sebrae-SC. O dinheiro é repassado pelo Badesc para as 19 instituições que operam com microcrédito. O secretário de Desenvolvimento Sustentável garantiu que as primeiras contratações de empréstimo saem em novembro. Com essa iniciativa, o Estado espera formalizar cerca de 100 mil microempreendedores individuais, que irão se somar aos atuais 52 mil em atividade em SC.



Polos setoriais - Nessa mesma alçada de comando, estão projetos para o desenvolvimento de polos setoriais industriais, alavancagem da economia verde e ações em áreas de baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Não faltam recursos. Segundo Bornhausen, um fundo de investimento do Banco do Brasil vai disponibilizar R$ 600 milhões para operações de crédito para essas iniciativas. Vai funcionar à semelhança do Juro Zero, embora com um custo do empréstimo, suportado pelo Estado, um pouco mais salgado. Juros de 10%, em invés de 3,4% como no caso do microcrédito. O plano é audacioso. A partir de diagnóstico do Sebrae-SC, serão priorizadas empresas que poderão tomar empréstimos em condições diferenciadas (de R$ 100 mil a R$ 500 mil) direcionados à ampliação da estrutura de pessoal. Com o apoio técnico do Sebrae-SC, projeta-se para essas empresas um crescimento da ordem de 30%. A meta da SDS é provocar a criação de 30 mil novos empregos.



Economia verde - O estímulo à economia verde (empresas que operam em projetos de sustentabilidade, como reaproveitamento de materiais, reciclagem etc) segue o mesmo princípio de apoio financeiro, técnico e logístico. Mais uma vez, o Sebrae-SC entra como ator principal para ajudar a viabilizar e fomentar projetos vitoriosos.



Banda larga - Já para dinamizar a economia nos chamados bolsões de pobreza e em municípios de baixo IDH (90 cidades catarinenses estão com índice abaixo da média estadual), a SDS tenciona promover uma grande inclusão digital levando banda larga de graça à população, por meio de lan houses públicas, enriquecidas com serviços do Sebrae-SC. Em quatro anos, a meta é inclusão digital em 200 áreas do Estado.



Meio Ambiente Legal@SC visa tornar a Fatma mais proativa



Aqui, o comando está com o presidente da Fatma (Fundação do Meio Ambiente), Murilo Flores. A inovação é tornar a Fatma mais proativa, fazendo licenciamentos ambientais prévios, em áreas prioritárias, que poderão ser exploradas economicamente. “O objetivo é atrair investidores que terão certeza de que seus empreendimentos estão de acordo com as normas ambientais vigentes”, observou Bornhausen. Ele acentuou que o objetivo é aliar a preservação natural em Santa Catarina ao desenvolvimento, a fim de possibilitar investimentos sustentáveis e melhoria na qualidade de vida para a população catarinense.



O roteiro de ações nessa área será traçado a partir do Relatório de Sustentabilidade, prestes a sair do forno. O programa prevê também amplo treinamento de servidores de carreira para atuar no acompanhamento das questões ambientais, não só fiscalizando áreas, mas contribuido para mitigar eventuais casos de degradação. Outra iniciativa em pauta é recorrer à iniciativa privada para dar um novo rumo aos parques estaduais, utilizando a experiência dos estados de São Paulo e Minas Gerais.



EducaçãoTEC@SC caça talentos para área de tecnologia



Outro pilar de importância estratégica do programa SC@2022 é a educação. Para estimular o desenvolvimento humano de Santa Catarina de forma sustentável, o EducaçãoTEC@SC focará na formação profissional dos jovens catarinenses, mirando o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação. Essa frente tem no comando a coordenadora de projetos técnicos e parcerias da SDS, Lucia Dellagnelo, um dos mais respeitados nomes da área de ensino e pesquisa. Com estreita parceria da Federação das Indústrias de SC (Fiesc) e de todo o Sistema S (Senai, Senac, Senar), o programa tenciona fazer do Ensino Médio estadual uma fábrica de profissionais preparados para atuar no mercado de trabalho.



“Serão fornecidos cursos, de 240 horas/aula, vocacionadas de acordo com a necessidade de cada região do Estado”, assinalou Bornhausen. Também está na mira do programa a formação de cinco mil técnicos em Tecnologia da Informação. Nesse sentido, a parceira de primeira hora é a Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate) e também a prefeitura da Capital, onde reside o maior polo tenologico do Estado. “ Existem atualmente 560 vagas nessa área que não conseguem ser preenchidas”, comentou o secretário.

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