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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Ele amava e amou tudo o que fez', diz filha sobre delegado Renatão

Corpo de Renato Hendges será velado na Acadepol até 19h desta quarta.
Ele morreu na madrugada desta quarta-feira, em decorrência de um câncer.

Do G1 SC
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Amigos e familiares lamentaram a perda do delegado aposentado da Polícia Civil Renato Hendges. Aos 65 anos de idade, ele morreu na madrugada desta quarta-feira (16), no Hospital de Caridade em Florianópolis, vítima de um câncer. "Ele foi uma pessoa muito comprometida com a profissão e com os catarinenses. Ele amava e amou tudo o que ele fez", descreve a personalidade do pai a também delegada Marcia Hendges.
Renatão, como era conhecido, será velado até as 19h na Academia de Polícia Civil (Acadepol), em Canasvieiras, Florianópolis. Na manhã desta quinta (17), o corpo será cremado em Balneário Camboriú, no Litoral Norte. O delegado aposentado morreu após lutar pela segunda vez contra o câncer.  A doença começou na bexiga e espalhou-se para a coluna e o pulmão. Na noite de segunda (14), ele foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com insufiência respiratória. "Não pensou em nenhum momento em desistir. Lutou até o final e não sofreu", avalia a filha Gisele Hendges.
Para o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, foi uma grande perda. Na manhã desta quarta (16), ele afirmou ter muita admiração pelo delegado.  "A perda do Renatão é um negócio que dói muito porque é um cidadão extraordinário, um servidor público exemplar, um profissional de grande destaque. Eu lamento profundamente e presto solidariedade à família", explicou.
Biografia
Natural de Palmeiras das Missões, no Rio Grande do Sul, Hendges é formado em direito e trabalhou por quatro décadas na Polícia Civil de Santa Catarina. Iniciou a carreira em 1974, como comissário. A partir de 1983, foi delegado de Rio do Sul, Blumenau e Florianópolis. Em 1991, assumiu a Divisão Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), onde se especializou em desvendar este tipo de crime, o que lhe garantiu reconhecimento nacional pelo trabalho.
Ao longo da carreira, Renato Hendges foi responsável por comandar investigações em Santa Catarina, Mato Grosso, Alagoas e Buenos Aires. Segundo a Polícia Civil, um dos casos de destaque da carreira do profissional foi uma investigação que iniciou em uma lan house e desmantelou uma rede de pedofilia, que atuava em oito estados do país.
A operação cativeiro é outra ação destacada pela corporação. No total, 31 pessoas foram presas e julgadas. Juntas, elas somaram 1907 de pena. Outro caso de destaque foi o resgate de um empresário em Lages, o qual ficou 66 dias sob poder dos sequestradores.
Outro caso de grande repercussão foi em 2012, quando o delegado auxiliou a encontrar uma engenheira, sequestrada na Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis, e levada para o Paraná. No mesmo ano, ele capitaneou a investigação do rapto de um bebê, na capital catarinense.
O resultado das conquistas ao longo das várias décadas de trabalho lhe condecoraram com a Medalha Anita Garibaldi, uma das principais condecorações do governo catarinense, em abril deste ano. Também já havia sido condecorado com a Medalha do Mérito, de Florianópolis, e também do Judiciário catarinense, além de ter recebido o título de Cidadão Catarinense, da Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

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