Os dois foram ícones da música pop dos anos 70 e responsáveis pela explosão das discotecas pelo mundo.
A música disco está de luto após a morte de Donna Summer e Robin Gibb, dois dos artistas que propagaram mundialmente os embalos de sábado à noite de Nova York nos anos 1970 e que passaram das casas noturnas para o topo das paradas de sucesso. O cantor e um dos fundadores do Bee Gees morreu neste domingo, aos 62 anos, vítima de câncer no fígado e no estômago, complicado por uma pneumonia. Três dias antes, Donna Summer também faleceu por causa de um câncer, aos 63 anos. A diva negra americana da voz quente e sensual e o esbelto britânico de um falsete inimitável tinham em comum o fato de popularizarem, como raramente na história da música, um gênero nascido no mundo da noite. A disco music surgiu no final dos anos 1960 nos clubes de Nova York e da Filadélfia frequentados pelas comunidades afro-americana, latina e gay. Os especialistas lutam para chegar a um acordo sobre a primeira música disco da história: Soul Makossa, de Manu Dibango, Rock the Boat, do The Hues Corporation, ou Rock Your Baby, de George McCrae. De qualquer maneira, os ingredientes são claramente identificados: uma mistura de soul, funk e pop, sintetizadores frequentemente associados com metais e cordas e, sobretudo, um ritmo binário muito marcado. Os discos selecionados e remixados por DJs têm uma função: fazer dançar. A partir de 1974, o gênero saiu das discotecas. A disco começou a tocar nos rádios e a subir nas vendas. Apoiada pelos produtores europeus Giorgio Moroder e Pete Bellotte, Donna Summer foi rapidamente coroada a "Rainha do Disco". Mas foram os Bee Gees que transformaram o ritmo em um fenômeno mundial, graças aos Embalos de sábado à noite, de 1977, para o qual compuseram suas músicas mais famosas (Stayin` Alive, Night Fever ...). Até mesmo os Stones Depois de experimentar o sucesso nos anos 1960 com baladas folk, o trio britânico decidiu avançar em direção ao rhythm`n`blues e ao funk. Os embalos de sábado à noite, do qual participaram apenas de forma fortuita, a pedido de seu produtor, trouxe a fama e obrigou o mundo a adotar os códigos da discoteca, suas coreografias e roupas da moda. Em pouco tempo a onda disco invadiu as paradas de sucesso internacionais. Chic, Gloria Gaynor, The Jacksons, The Village People nos Estados Unidos, e ABBA, Boney M, Cerrone na Europa encantaram as multidões. Os astros do rock e do pop aderiram à nova moda: Diana Ross, Elton John e até mesmo os Rolling Stones (Miss You em 1978) entraram no disco. Na França, as estrelas dos yéyés, Claude François e Sheila, foram reinventados sob os globos espelhados. Violentamente ridicularizado por fãs do rock, a música disco começou o seu declínio nos Estados Unidos em 1979. As estrelas desapareceram em poucas semanas das paradas, mas o gênero impregnou o pop e a "dance music". "Um dia em Berlim (em 1977), Brian Eno veio correndo me contar `eu acabei de ouvir o som do futuro`. `Essa canção vai mudar a música das discotecas nos próximos quinze anos`. Era I feel love de Donna Summer", contou David Bowie em uma retrospectiva de sua carreira. Trinta e cinco anos depois, artistas como Madonna e Gossip ainda utilizam o disco em seus últimos álbuns. |
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